26 de janeiro de 2012

Taj Mahal

Taj Mahal era o cachorro de Lúcia, e Lúcia era uma garota triste. E numa daquelas noites de plantão, quando ouvi o bater na porta,  girei a maçaneta e a vi, com a maquiagem borrada. Era hora de ir embora, e na troca de plantão, quando fazemos a tão comum pergunta "como vai você?" que Lúcia derramou-se em lágrimas. E Lúcia era bonita, mesmo chorando. Percebi que qualquer palavra não seria suficiente para amenizar-lhe a perda. E durante muito tempo, num simples abraço, senti Lúcia esmorecer em meus braços, como quem pede um alento, um conforto. E naquela noite percebi como Lúcia era sozinha. E quisera eu naquele momento ressuscitar Taj Mahal para que Lúcia voltasse a sorrir.

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