19 de setembro de 2010

O tempo jogou prata...


Hoje tive uma surpresa.









Avô e neto em Poços de Caldas. Foto de autoria de Sidnei Gandini Jr, amigão da Unesp e fotógrafo talentoso nas horas vagas * A foto que ilustra esse blog também é de sua autoria, numa tarde de café na av. paulista.


Uma vez, lá em 1992 durante a quinta-série, li uma história que não me recordo nem o nome, nem o autor. Mas fazia parte do nosso livro de aula "Texto & Contexto". A única coisa de que me recordo é de uma frase, que achei curiosa na ocasião, mas que não fazia nenhum sentido para um garoto de onze anos.

"O tempo jogou prata em meus cabelos"

Dezoito anos depois, dei-me conta dessa frase, que hoje fez um grande sentido.



Acostumado com o sujeito que vejo todos os dias no espelho, achei que era hora de mudar algumas coisas.
Raspei minha barba que estava gigante (já haviam me perguntado se eu tinha virado hippie, ou se fazia parte de alguma banda no estilo Los Hermanos). Rejuvenesci uns cinco anos, realmente foi chocante rever o rosto liso, sem pêlos, e com buchechas!

A mudança não terminou por aí. Resolvi pegar uma máquina de cortar e raspei o cabelo. A surpresa que tive ao ver meus cabelos bem curtos e raspados foi essa "O tempo jogou prata em meus cabelos". Embaixo da cabeleira, escondia-se um amontoado de pratas. Envelheci uns cinco anos. Daí cheguei a seguinte conclusão: Nem cinco anos mais novo, nem cinco anos mais velho. É possivel manter o sorriso maroto, mas não fugir da ação do tempo, em pratear-nos a cabeça.

E agora me dei conta de como o tempo age e matei ao mesmo tempo, minha curiosidade de garoto. O tempo joga prata na cabeça pra nunca perdermos o seu brilho.


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