5 de junho de 2010

Violeta

Um poema para Recordar. Há alguns anos atrás, mais precisamente no dia 12 de junho de 2003 estava em Bauru, de plantão na madrugada. Fazia pouco tempo que estava naquele trabalho e nunca havia me arriscado a escrivinhar naquele caderno. Se via muita poesia, letras de músicas e testemunhos pessoais. Resolvi então começar a escrever, em homenagem ao dia dos namorados, uma história chamada "Violeta" enquanto o telefone não tocava. A repercussão foi tão boa, que alguns dias depois, fui apresentado ao poema de Casemiro de Abreu, eis abaixo:


VIOLETA


Sempre teu lábio severo

Me chama de borboleta!

- Se eu deixo as rosas do prado

É só por ti - violeta! 

Tu és formosa e modesta,

As outras são tão vaidosas!

Embora vivas na sombra

Amo-te mais do que às rosas. 

A borboleta travessa

Vive de sol e de flores.

- Eu quero o sol de teus olhos,

O néctar dos teus amores! 

Cativo de teu perfume

Não mais serei borboleta;

- Deixa eu dormir no teu seio,

Dá-me o teu mel - violeta!
 
Casemiro de Abreu (1839-1860)


Sete anos depois, estarei novamente ao pé do telefone no mesmo dia 12 de junho. Volto aqui pra colocar as minhas impressões sobre a madrugada deste dia.


Um comentário:

  1. Muito singelo o poema, mas acho que você deveria postar a história que voce escreveu também...fiquei curiosa.

    Beijo

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